quinta-feira, 4 de março de 2010

Memórias Inúteis

Uma memória tão distante.
Senti-te por meros momentos.
Momentos tão fortes e sinceros, divertidos.
O jogo da sedução era meu e teu,
a troca de olhares e os nossos gestos.
Sim, acreditei nos teus olhos.
Sim, acreditei em ti.
Mas desiludiste-me, revelaste-te.
Os teus olhos revelaram outra coisa.
Em ti, caminharei para fora.
Os teus olhos já são tão vagos e vazios,
olhos esses que transbordavam de alegria.
Já te sinto de outra forma.
Estiveste no meu coração, no topo da minha mente.
Só te via a ti,
e desceste tão rápido como subiste.
Detestei-te tão rápido, como te amei.
Agora, nada resta.
Não restam lágrimas por derramar.
Não resta amor para te dar.
Não resta ódio para te afastar.
Restam apenas as memórias e lembranças.
Resta o teu nome entre muitos mais.
E, agora escrevo, escrevo as
memórias de um amor patético.
Escrevo na minha mente e no meu coração o quanto
foste significante e te tornaste tão insignificante.
Agora escrevo, contigo presente na minha mente
e permaneço a teu lado.
Como outra pessoa qualquer.
Como apenas, outra pessoa qualquer que conheçeste
e brincaste,
iludiste e baralhaste.
Odeio-te por isso mas amo-te por me teres ensinado
que nem tudo é o que parece.
Que as pessoas também enganam e se enganam.
Ensinaste-me uma maneira nova,
do que é o amar.

Por isso e por muito mais
Obrigada.
Agora sai.
Desaparece.
Não voltes nunca mais.

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