quinta-feira, 4 de março de 2010

Papel e Caneta, Dor e Solução

Sentimentos mascarados por palavras.
Entre as (minhas) linhas preenchidas,
escondo os segredos e sentimentos de um dia.
Escrevo a verdade subtilmente nessas linhas bonitas,
feitas por alguém.
As verdades que nem sempre são bonitas.
Mas o que isso interessa? Nada.
As linhas ocultam o seu lado negro e triste.
A caneta na minha mão escreve como automático,
escreve o que pensa o seu portador.
Funciona como auxiliador.
Escreve.
E se por acaso se enganar, risca
e volta a escrever por cima.
Riscando tudo na sua cabeça.
Gerando maior confusão na sua mente e coração.
Sente que não os quer escrever mais
mascarados por palavras subtis e bonitas.
Peço que se abra uma porta.
E que de lá saia uma luz
que me leve de volta à infância perdida.
Como um sonho distante e estranho,
eu perco a visão e mais uma vez
perco-me na escuridão
e na imensidão das minhas palavras
e sentimentos perdidos
que nem Atlanta,
perdida entre o mar azul e feroz,
que a devora, tal como o papel e a caneta
devoram as mágoas passadas.

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