segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Desire

Toque, desejo, sedução...
Magia no teu olhar, sentir-te comigo, sentir-te em mim, sentir o desejo de um toque de mão, os teus lábios junto aos meus, uma vibração ruidosa, lenta, que percorre cada parte do teu ser, a tua respiração ofegante que deseja sentir o desenho dos meus lábios e do meu corpo, as suas formas. Os olhos fechados de prazer, a boca ligeiramente aberta, o teu corpo na minha mão, o dominio do Yin sobre o Yang. Queres brincar? Vamos brincar com o dado. Queres lançar primeiro? Vamos brincar à dança do amor, do sexo e do brior, a dança da união, a dança do desejo. Quero percorrer esse pescoço com os meus lábios e as tuas formas com o meu desejo. Começar uma viagem que começa no Alfa e acaba no Ómega, passando pelos teus chakras, beijar cada um deles, tocar em cada um deles, brincar com o teu corpo e com o teu desejo, dar-te e não te dar, agarrar-te como se fosses a única coisa no Universo, passar com o meu toque, todo o teu corpo, viajar nesse teu corpo, descobrir cada sinal, despertar cada diamante existente nesse teu templo de perfeição. Desenhar os teus lábios perfeitamente definidos e mágicos com a minha lingua, ter-te debaixo de mim, em minha pose, a sentir o teu umbigo, a tua barriga, as tuas ancas e as tuas curvas. Sentir-te em mim, desejar-te sem o menor esconderijo, beijar-te como se amanha não voltasses a aparecer, sentir cada pedaçinho do teu corpo com as minhas mãos, com os meus lábios, com os meus olhos. Respirar o teu cheiro, respirar o teu corpo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

****(3õ)****


A dança da terra e do amor, a dança da alegria e da não dor
A dança que não cansa e não para
é a dança da magia e das boas vibrações!
Bate o pé sim
Sente a vibração
Não pares de bater
Não pares de vibrar
Não pares de sentir
nem pares de amar
Sente a magia no teu coração
Passa a magia para o solo sagrado
Floor
Consegues sentir?

Aumenta a energia!
Sê tu e sem drogas
energia tens tu
energia é a tua
a tua e a dos outros irmãos, os irmãos que partilham
Partilha a energia
Partilha o amor
Partilha as vibrações
porque a terra,
a magia do trance e os outros irmãos
também partilham contigo!

domingo, 29 de agosto de 2010

E mais um bocadinho

Choro, riu, odeio, amo.
Morro e renasco e a chama continua, dentro do meu peito, mascarado de indiferença. Penso nos primeiros tempos e choro mais um bocadinho, um choro que não se vê, ma sum choro que eu sinto.
Lembro-me dos teus primeiros sorrisos e trabalho para esqueçer.
Trabalho para me sentir realizada,
trabalho para mim.
Afasto as mágoas que me atormentam e no papel escrevo.
Escrevo aquelas memórias que me fazem renascer mas traiu o coração... Sinto saudades daquela tua expressão e tento esqueçer a mágoa no coração.
Tento não chorar mas os meus olhos não deixam, o meu coração insiste em continuar a sofrer.
Desculpas-te e em seguida ignoras - as minhas palavras, os meus sentimentos.
Que que eu faço afinal? Impossivel é esqueçer.
E trabalho mais um bocadinho
e esqueço mais um bocadinho
e choro mais um bocadinho.
Para onde foi o teu amor?
Esqueçerei-te como um homen, esqueçerei-te como um dia
um amigo? não sei se valia...
Não sei o que queres, não consigo pensar, não consigo fugir nem esconder a agonia.
As palavras magoam, não as consegues perceber, não sabes vencer essa sombra em que vives, não a consegues domar.
Amas sem amar
Lágrimas por amar
Consegues interpretar?
Vives em dois mundos.
Um apenas é ilusão o outro ilusão realidade.
Só gostas de viver nessa tua ilusão
Só queres é viver essa ilusão...
Foges do mundo e de onde vives
ignoras quem te ama, só queres um amigo
um amigo que se chama droga.
Os amigos que não são amigos...
Porque raio estás tão cego?
Chega de cobardias, assume o que querias.
Se já não queres... Assume o que não queres.

domingo, 15 de agosto de 2010

Contigo

Queria partilhar contigo, mas contigo não dá.
Queria falar contigo naquele momento, tambem não dá.
Afinal o que é que dá?
Sem paciência não se vai lá
e tu não queres saber
mas eu sei que tu sabes que eu queria era estar contigo.
Viraste as costas ao meu eu mascarado
foste embora simplesmente
esqueceste simplesmente
fumaste e nada mais.
viraste as costas...
Eu queria estar contigo

partilhar contigo.
Que me aturasses naquele momento...
Mas foste embora.
Ondas diferentes, casos diferentes, pessoas diferentes.
Afinal o que é que dá?

"Foi mal entendido
provavelmente mal dito"
Será?

domingo, 1 de agosto de 2010


Contento-me com um beijo e com a magia do olhar, do mistério nesse teu olhar.
perco-me em segredos, na minha música e no meu flow, respiro o teu ar, desapareces e levas o meu amor. Sento-me e respiro o ar de brisa marinha, mas sei não ser a mesma coisa, algo falta na minha mente. Penso e medito e continuo sem conclusões, sem respostas as minhas questões, sem saber o que sequer dizer. Abro o coração, mas tenho medo, que um dia a vida desfaça o seu sorriso e eu volte de novo ao poço e de novo à escuridão, à ala escura do meu coração, tento ignorar, mas sei que ela lá está e tenho medo de me perder nos seus labirintos e emoções desfeitas e perdidas. Tento ser forte, não ter medo de alcançar, mas a minha mente lateja e esqueçe o que importa. Preciso de segundas oportunidades, mas ninguém mas dá. O sangue não vence nem leva a melhor.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pessoas...

O mundo está todo tão errado, as memórias das pessoas vão caindo, pessoas denunciam os amigos, denunciam os entes queridos, não denunciam a morte de certos alguéns.
As pessoas estão erradas, já não fazem sentido. As cabeças perderam-se num mundo materialiste. O amor já não conta, a confiança perdeu-se. Será que podemos confiar? Será que podemos amar... Abraçar? Já está tudo esqueçido. Pessoas ajem sem moral. Pessoas caiem nos seus poços. Na mais profunda escuridão. Não respeitam. A morte apenas leve os inocentes. Vaso ruim não quebra. Porque que estamos assim? Tanta coisa se perdeu. Tantas vidas se perdem, tantos amigos choram a morte de um ente querido... A família escolhida. A mais importante. Não me vejo sem os que amo. Se os perco... Mergulho na mais profunda escuridão. Mas sei que não sou a única, e ela não se pode perder. Se ela mergulhar, muitos mergulharão depois. E assim, o meu mundo acabará. Tanta responsabilidade. E ele? Ele não pode desaparecer. E a outra... Essa.... Talvez devia ter ido. Fez e não conseguiu. Mas que peso na sua consciência. Agora será sempre marcada, pelo o que mais quis e não conseguiu.
Divago com as palavras e com o papel. Caneta numa mãe, cigarro na outra. O cigarro pensador, o cigarro que acalma. As linhas que se preenchem e o vazio que não acaba. Ele não pode desaparecer. Ela não pode mergulhar. Ela devia ter sido forte. E a morte.... Simplesmente não a devia ter levado. Levasse outra pessoa. Um vaso ruim talvez.
Sorte a dela que não vai ser esqueçida nunca. Ao longo da sua vida, teve a sorte de conheçer pessoas de puro coração. Coisa rara neste mundo. Mas ela teve essa sorte, e eu também a tenho... E por isso posso dizer, que ela não foi uma vida em vão. Como tantas outras, que talvez tivessem de ser lembradas e não são. Lembradas como sábios. Ela vai ser lembrada como uma sábia da música clássica. Eu sei. Era uma sábia. Astrologia e música, vida e morte. Ela sabia. Ela sabe. Eu sei que ela está feliz, por isso vou ficar feliz. Vou beber em sua honra, vou fumar em sua honra. Ela sabe que está bem. Os mortos partem para uma nova vida, os vivos ficam a chorar a sua morte. Não deviamos sorrir pela sua nova vida? Uma vida nova... Um mundo novo. Ela agora, conheçeu o que sempre estudou. Não é fantástico? Vida e morte. Que caminhos tão ligados.
Tenho pena de me ter esqueçido de a agradeçer. Vou rezar para lhe agradeçer, todos os dias preenchidos comigo a gatinhar. Aprender a falar. Vou agradeçer, por nunca ter tado sozinha, quando era mais pequenina. Vou agradeçer, por ela ter entrado na minha vida, e vou agradeçer a sua última prenda. O seu último postal. A bailarina a dançar... Vou agradeçer. Vou dizer o quão estou feliz por ela já não estar em sofrimento. Vou agradeçer. Vou sorrir e talvez a minha alma ferida começe por fim a chorar e a sofrer a sua perda...

Anabela, fica em paz (L).

terça-feira, 13 de julho de 2010

Apenas riscos?

Raiva ou amor?
Despertas ou acordas?
Sentes ou não sentes?
O mistério paira nos teus olhos,
não sei o que pensar
desenhas com o coração
e pensas nos teus desenhos?
Sentes as mensagens escondidas
debaixo desses riscos?
Riscos...
Riscos que não são riscos,
riscos que todos cometemos.
Riscos
serão apenas riscos?
Esboços? Linhas? Cores?
O que são, o que significam?
Tristes ou alegres?
Uma alegria perversa.
Uma tristeza marcante
e uma dor marcante?
O que será(s)...

domingo, 4 de julho de 2010

SENTIR


Tenho medo de me iludir na encruzilhada dos momentos
Tenho medo de acreditar na mentira escondida
Sonhar e viver
Não pensar e viver
Simplesmente sentir cada momento
Cada toque
Não pensar mas sentir.
Sentir!
Existe algo que nos desperta mais para a vida?
Sentir
não é simplesmente fascinante?
Sentir é mais que viver
Apenas sentir...
Mas e depois?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

vagueio

Vagueio por um mundo
de cabeça pesada
onde os olhos dóiem-me
e as mãos já não trabalham.
vagueio por um mundo
de cabeça baixa.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pseudo-Buda


Tentas ser puro, mas na verdade não o saber ser
tentas viver, mas depois percebes que não sabes o que é viver
tentas sonhar, mas na verdade o que sonhas é apenas escuridão
tentas ver o fundo, mas no fundo já tu estás
e não percebes que o que tens de ver, não é o fundo
mas sim a luz.

Sorris e fazes boa cara, mas algo colado a ti
tira te toda a credibilidade
beijas e abraças, mas nem tudo é pureza
e sorris como se nada fosse
mas só eu vejo esse teu lado
essa tua escuridão
e eu abraço-a e beijo-a tentando não a ver
mas sei que ela lá está sempre
como uma alma que vagueia

Tento ignorar.
Tento fechar os olhos.
Tento não olhar-te nos olhos claros e ver
aquela sombra.
aquela sombra no teu olhar.
aquela sombra que está sempre agarrada a ti.

Pareces limpo e puro, mas a pureza já não existe
apenas foi devorada por um monstro do passado.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ninfa sofrida


Num mar prateado
onde as lágrimas se confundem com
a água
onde uma delicada ninfa, chora.

Chora a morte do seu amor
derrama as suas lágrimas
pensando no porque
pensando no porque do sangue
pensando no porque do amor
pensando que é injusto
que o amor devia ser para sempre.

As suas mãos já não distinguem
as lágrimas
do mar, para elas
tudo é igual
como o mundo a seu redor se parece todo igual.
Apenas os seus lábios e a sua lingua
conseguem distinguir
as lágrimas
do mar
um pequeno travo,
salgado
de cor doirado,
apenas isso.
O resto tornou-se monotomia
a melodia desapareceu
o seu coração morreu
o seu rosto desvaneceu.
Restam apenas
as lágrimas derramadas
num mar de prata
impossivel de distinguir.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

OUVE-ME!





amor?


O vento tira-nos aquela faceta, esconde-nos no luar, onde um olhar já repousou e as suas lágrimas derramou. Filho de uma alma só, que o seu rosto tapou, abandonou e não criou, amaldiçoou e abençoou, esqueçou para renegar. Agora, esse ser não quer mais do que sobreviver para viver, num mundo que não passa de um ciclo sem fim, uma vida desabroxa, e no centro dessa vida, vai amar e ser amada. Amar incondicionalmente, amar só por amar, amar com os defeitos, amar para o resto de sua vida. Mas e se o amor não passa de uma ilusão? Se o amor, por muito que o procuremos não bate em todas as portas? Dizem que o amor é para todos, mas nem todos tem o poder para amar e para o descobrir. Menino(a) triste, de olhos verdes, cujas lágrimas já não consegue derramar, irá alguma vez ser amada? Irá alguma vez amar? Irão ver através da pele? Irão ver o que esconde o seu olhar e o seu corpo? Conseguirão alguma vez amar um ser assim? Dizem que é fácil amar, mas fácil é amar o corpo e o belo rosto, não a pessoa que isso esconde. É facil amar o nariz perfeito e a pele clara, é fácil amar o rosto belo e os olhos mágicos. Mas e o que há para além disso? É mais complicado de amar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Realidade fala a Ilusão

- Porque existes tu?! Para que serves? Iludes as pessoas, destróis a verdade. A minha verdade! Mas porque que existes? Ser preverso, inundo. Brincas com as pessoas. Tu não existes, então porque que inisistes? Porque que insistes nesse teu jogo? Não vês que nunca me irás ganhar? Sabes porque....Ilusão? PORQUE TU NÃO EXISTES! Eu sim! existo. Eu sou a verdade! Eu sou o ínicio e o fim. Tu não és nada. Não passas de.... Uma ilusão, Ilusão. Não passas do teu nome. Não passas disso. Só um nome. Como tantos outros, existentes num Universo ínfinito. Não prestas. Não serves para nada. Nem o teu próprio nome consegues honrar. Não tens vergonha dessa tua farsa? Dessa farsa que tu própria criaste? Caíste na tua própria teia. Ah! Que "algo" tão miserável! - Diz a Realidade para a Ilusão, com voz sarcástica, irónica, superior. E, sobretudo... Azeda e amarga, como um limão já à muito apodrecido pelo tempo. Voz essa que apenas transmite angústia, dor, crueldade. Voz pertencente a algo triste e orgulhoso. Algo... Apenas algo.
- Para que que sirvo eu, Realidade? Sirvo para sarar as feridas que tu deixas no homen. Sirvo para acalmar, sirvo para honrar. Sirvo para chegar a um coração de pedra e sirvo para partir essa mesma pedra, que tu, Realidade, trataste de esculpir. Ilusão é o meu nome. Sirvo para Iludir. E tu, Realidade? Serves para matar? Serves para ferir? O amor é ilusão, a felicidade é ilusão, a tristeza é ilusão. O que é a realidade, Realidade? O que sentes? Não. O que vês? Sim. O amor não se vê, a felicidade não se vê, a tristeza não se vê. Tudo se sente, tudo é ilusão. A morte e o nascimento são os únicos momentos das nossas vidas, que nós sabemos serem reais. E por isso, eu existo. Eu não existo desde sempre, como tu, eu sou uma miragem que o humano teve necessidadede criar, para suportar a tua violência. Para sarar as tuas feridas. Para amolecer a pedra dura. Eu sou uma necessidade que o ser humano teve de criar para sobreviver na tua realidade. Eu não me criei. Simplesmente fui criada.

- Vós sois como a lua e como sol. Estando tão perto, estão demasiado longe. Vivem no mesmo mundo, mas são incompativeis demais, paralelas demais. Não vêm que voçês reinam no mesmo mundo. Mas estão cegos demais. Não percebem que são duas partículas do mesmo corpo. E isso... Arruinou-vos.

Dito isto, Ilusão e Realidade olham para trás, surpreendidos com a pequena e doce voz. Era a Inocência.
A inocência de um mundo, em que a dor e a infelicidade reinam. A inocência, que em tempos reinava esse mesmo reino. Inocência essa, que se perdera, com as falsidades e invejas da realidade, e das ilusões cegas, mudas e inexistentes que o humano criara para sobreviver na selva, chamada de vida e morte: A Realidade.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Palavras pensadas, sentidas e escritas. Para ti, amor@

Quero beijar-te, sentir-te e tocar-te.
Quero sentir-te comigo, quero perder-me contigo.
Não quero pensar no amanhã, simplesmente quero aproveitar todos os dias contigo. És uma benção para mim.
Não sou duas pessoas, apenas uma.
Sou a mesma pessoa quando tou e não estou contigo.
Custa quando dizes que não te quero, custa quando dizes que não gosto de ti, custa quando te sinto distante.
Custa querer beijar-te e não poder, custa querer tocar-te e não conseguir alcançar-te.
Só quero estar contigo e perder-me num abraço, num toque, num gesto, numa palavra.
Dizer o quanto gosto de ti e o quanto és importante para mim.
Foste uma luz que espreitou e entrou lentamente debaixo da porta trancada no meu quarto escuro.
Sem saberes, ajudaste-me a levantar. Sei que nunca o percebeste.
És mais importante do que pensas e acreditas ser.
Confia em mim. Acredita em mim.
És o meu sol.
A minha noite.
Tens tantas facetas como a lua as tem.
Já as conheço.
Largar-te a mão custa tanto como virar-te as costas e dizer-te "adeus, até para a semana".
Sussuro ao teu ouvido o quanto gosto de ti mas temo que não acredites.
És o meu menino, o meu gnomo.
Gosto tanto de ti, amor. Não me esqueças amanhã, não me digas adeus.
Leva-me contigo, deixa-me proteger-te, deixa-me acolher-te no meu coração, deixa-me preservar o teu cheiro, deixa-me recordar-te e guardar a tua memória em mim. Gosto tanto de ti, sol.
Não te esqueças disso. Independentemente da distância que nos separa e dos obstáculos na nossa história, não te esqueças de mim, não esqueças que gosto de ti e que sou tua. Apenas tua.

Gnomo (L)



quinta-feira, 8 de abril de 2010

Arranca-as! A todas


Quantas máscaras terá a tua feição?
Quantas máscaras terá o teu coração?
De que te queres esconder afinal?
Arranca isso de de ti, não precisas de te esconder mais não.
Mantém longe essas máscaras de ti,
sê simplesmente tu.
Não tenhas medo de derramar essas lágrimas congeladas,
não tenhas medo de sorrir e mostrar
a todo o mundo, que consegues ser melhor
do que aquilo que realmente pensam.
Não tenhas medo de desafiar o mundo.
Sem máscaras.
Não troques o teu sorriso por mais nenhum.
Não troques os teus olhos por mais nada.
Não troques o que realmente sentes, por outras coisas.
Não mascáres o amor com a indiferença,
as lágrimas por falsos sorrisos,
Simplesmente, arranca essa máscara de mentiras e falsidades,
não interessa que ela de tanto ser usada,
já esteja agarrada à tua carne, viva e crua.
Arranca-a! Com todas as forças que em ti conteres.
E, depois, sê feliz.
Tão simples como a música,
tão simples como o ronronar de um gatinho,
a dormir, serenamente, depois das mil maldades que já lhe fizeram.
Sem máscaras...

'Léqzia Céssariny

Olhares


Ah quem diga que, olho verde é de inveja
Ah quem diga que, olho azul é de mentira,
Eu apenas digo que os teus olhos,
embora castanhos,
são tão vazios como tantos outros.

domingo, 4 de abril de 2010

Adrenalina do desejo para voar e libertar-se?

Adrenalina, adrenalina.
Já naão consigo parar.
Adrenalina, adrenalina.
Onde vou eu parar?
Mas onde estou?
De onde vim?
Para onde vou?
Adrenalina, adrenalina.
Só quero sentir!
Mas abafa esse som, está demasiado alto!
Mas eu só o quero sentir.
Mete mais alto!
Mais alto!
Quando é que vai parar?!
Não quer parar!
Para por favor! Não estou a aguentar!
Adrenalina, adrenalina.
Sentir, sentir,
ver o que nao à para ver,
querer sentir o que nao à para sentir.
Só querer o impossível.
Só querer o que não existe.
Adrenalina, adrenalina.
Está a crescer,
vai arrebentar.
Que explosão dentro de mim tão grande!
Quero voar! Quero ser livre!
Adrenalina, adrenalina.
Aquilo é uma janela?!
Adrenalina, adrenalina!
Não! É um portal?!
Adrenalina a crescer...
Adrenalina, adrenalina!
É lindo, tão mágico e brilhante.
Adrenalina, adrenalina, adrenalina...
É desta que vou voar?!
ADRENALINA, ADRENALINA!
É agora!
Vou voar!
Vou ser livre!
ADRENALINA! Pum, pum, pum!
O batimento está tão forte. Estou mesmo a voar!
Adrenalina, adrenalina.
Adrenalina que foi fatal.
O batimento cessa, a respiração perde-se.
Para onde foi toda a adrenalina?
Porque que tudo morreu?
Eu apenas voei...

You're lost little girl.

whatever, não sei

Ora sinto-te comigo,
ora sinto-te bem distante.
Umas vezes, sei que estás comigo,
outras vezes, sei que estás muito longe,
demasiado longe.

Podia falar de tantas pessoas nas minhas escritas e desabafos,
mas não sei com quem os identificar.
Parece que está tudo igual, tudo no mesmo plano.
Tudo perdido e abafado, como o berro na almofada.
Tudo interligado.
Como as células do nosso corpo estáo ligadas entre si, fazendo um só corpo,
assim sinto toda a gente.
Como um só corpo.

sábado, 6 de março de 2010

Fascínio

Beleza tão natural, tão simples e ideal,
beleza sem ter nada
simplesmente, tão natural.

Como a natureza descalça
ela caminha entre as ruas,
as ruas de lisboa
o seu humilde e tão simples lar

O seu humilde e tão sedutor sorriso
os seus gestos tão brutos mas tão certos
as suas palavras tão sábias, que nem um sábio,
apesar de não ter mais de 20 anos.

Olhos tão vincados pelo tempo de rua
Olhos tão verdes e límpidos
Olhos esses, que eu sei que vou rever
Olhos esses que marcaram o meu ser

Fiquei com medo de me perder
no teu sorriso e palavras
mas sei que me quererei perder
na próxima vez que te rever.

quinta-feira, 4 de março de 2010

cicaTRIZ(t)Es

cicatrizes, daquelas que nao se vem
aquelas mais profundas e dolorosas
cicatrizes essas provocadas por alguem
actos de um outro alguem

cicatrizes...
introduzidas em nossas vidas
como o carrocel de novos dias
cambaleando pelo nosso coracao
ferindo-o e sangrando-o

no final da nossa vida
quantas cicatrizes teremos?
morreremos com elas
ou morreremos por elas?

Papel e Caneta, Dor e Solução

Sentimentos mascarados por palavras.
Entre as (minhas) linhas preenchidas,
escondo os segredos e sentimentos de um dia.
Escrevo a verdade subtilmente nessas linhas bonitas,
feitas por alguém.
As verdades que nem sempre são bonitas.
Mas o que isso interessa? Nada.
As linhas ocultam o seu lado negro e triste.
A caneta na minha mão escreve como automático,
escreve o que pensa o seu portador.
Funciona como auxiliador.
Escreve.
E se por acaso se enganar, risca
e volta a escrever por cima.
Riscando tudo na sua cabeça.
Gerando maior confusão na sua mente e coração.
Sente que não os quer escrever mais
mascarados por palavras subtis e bonitas.
Peço que se abra uma porta.
E que de lá saia uma luz
que me leve de volta à infância perdida.
Como um sonho distante e estranho,
eu perco a visão e mais uma vez
perco-me na escuridão
e na imensidão das minhas palavras
e sentimentos perdidos
que nem Atlanta,
perdida entre o mar azul e feroz,
que a devora, tal como o papel e a caneta
devoram as mágoas passadas.

Memórias Inúteis

Uma memória tão distante.
Senti-te por meros momentos.
Momentos tão fortes e sinceros, divertidos.
O jogo da sedução era meu e teu,
a troca de olhares e os nossos gestos.
Sim, acreditei nos teus olhos.
Sim, acreditei em ti.
Mas desiludiste-me, revelaste-te.
Os teus olhos revelaram outra coisa.
Em ti, caminharei para fora.
Os teus olhos já são tão vagos e vazios,
olhos esses que transbordavam de alegria.
Já te sinto de outra forma.
Estiveste no meu coração, no topo da minha mente.
Só te via a ti,
e desceste tão rápido como subiste.
Detestei-te tão rápido, como te amei.
Agora, nada resta.
Não restam lágrimas por derramar.
Não resta amor para te dar.
Não resta ódio para te afastar.
Restam apenas as memórias e lembranças.
Resta o teu nome entre muitos mais.
E, agora escrevo, escrevo as
memórias de um amor patético.
Escrevo na minha mente e no meu coração o quanto
foste significante e te tornaste tão insignificante.
Agora escrevo, contigo presente na minha mente
e permaneço a teu lado.
Como outra pessoa qualquer.
Como apenas, outra pessoa qualquer que conheçeste
e brincaste,
iludiste e baralhaste.
Odeio-te por isso mas amo-te por me teres ensinado
que nem tudo é o que parece.
Que as pessoas também enganam e se enganam.
Ensinaste-me uma maneira nova,
do que é o amar.

Por isso e por muito mais
Obrigada.
Agora sai.
Desaparece.
Não voltes nunca mais.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que os meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
Não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...

Florbela Espanca
O tempo é uma ilusão produzida pelos nossos estados de consciência à medida em que caminhamos através da duração eterna.

Isaac Newton
A realidade é meramente uma ilusão apesar de ser uma ilusão muito persistente.

Albert Einstein
Pode ser que nos guie uma ilusão; a consciênca, porém, é o que nos não guia.

Fernando Pessoa

O que és tu, ilusão?

Ilusões no nosso armário e cabeça.
Ilusões em pessoas que nao sao o que pensavamos.
Ilusoes terrestres e banais,
ilusoes em pessoas que nao sabem o que é real.

Pessoa ilusão, o que há em ti para descobrir?
Se tu és uma ilusão, afinal que papel é o teu?
Que papel é o teu na minha vida?
O da mentira? O do desejo? O da aflição?

Afinal, o que é uma ilusão...
Afinal, o que és mesmo tu?
Uma imagem na minha vida, uma imagem do meu coração.

Depois da ilusão cessar, o que ficará então?
Um sentimento bizarro que baralha.

Olharei para trás e direi, que tu de facto, não foste uma ilusão.
Simplesmente foste mais um produto da minha criação.

Sonhos sem ilusões

Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos. Atingirás assim o ponto supremo da abstenção sonhadora, onde os sentimentos se mesclam, os sentimentos se extravassam, as ideias se interpenetram. Assim como as cores e os sons sabem uns a outros, os ódios sabem a amores, e as coisas concretas a abstractas, e as abstractas a concretas. Quebram-se os laços que, ao mesmo tempo que ligavam tudo, separavam tudo, isolando cada elemento. Tude se funde e confunde.

Fernando pessoa, in "O livro do Desassossego".

Pensamentos

"Quando voçê está satisfeito, por ser simplesmente voçê mesmo, e não se compara ou compete, todo o mundo te respeita"

"Ser profundamente amado por alguém dá-nos força; Amar alguém profundamente dá-nos coragem"

"Sem passar da porta de casa, é possível saber o que acontece no mundo. Quanto mais tempo se procura, menos se sabe"

"A bondade em palavras cria confiança; A bondade em pensamento, cria profundidade; A bondade em dádiva, cria amor."

"A libertação do desejo, conduz à paz interior"

Lao Tse

Revelação

Hoje, só fotografei árvores,
Dez, cem, mil.
Vou revelá-las à noite.
Quando a alma for câmara escura.
Depois vou classificá-las:
Segundo as folhas, os anéis do tronco,
Segundo as suas sombras.
Ah, como as árvores
Entram facilmente umas nas outras!
Vejam, agora só me resta uma.
É esta que vou fotografar outra vez
E vou observar com assombro
Que se parece comigo.
Ontem só fotografei pedras.
E a pedra afinal
Parecia-se comigo.
Anteontem -cadeiras-
E a que resultou
Parecia-se comigo.

Todas as coisas se parecem terrivelmente
comigo...

Tenho medo.


Marin Sorescu

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

'Léqzia Céssaryni

'Léqzia Céssaryni, é um dos meus pseudónimos. Nome inspirado pelo poeta Mário Cesariny de Vasconcelos (um dos poetas contemporâneos da nossa época, que eu aprecio muito) e por um nome inventado por mim, derivado do nome masculino Alexandre (Alex). Decidi retirar a letra "a" e ficou "Lex" (daí o apóstrofo no ínicio do nome), como ficava muito "vazio" (por assim dizer...) acrescentei o "ia"- "Léxia". Como achei que ficava "desilegante" decidi trocar o "x" por um "qz" e daí surgio o nome para o meu pseudónio.
Agora, falemos da própria 'Léqzia.
'Léqzia é uma mulher que já passou por muito, sempre com grandes discussões com a sua família, mais especificamente com a sua mãe, que sempre lhe reprovou. Não sabendo ela porquê. Por isso, pode considerar-se que 'Léqzia é uma mulher revoltada. Pois desde cedo, esteve sozinha. 'Léqzia refugia-se nos seus textos, nas suas letras, na sua música e nas suas palavras. Escreve e chora. Deixa-se levar pela sua escrita. De seguida, ergue a cabeça. Seca as lágrimas e fica um poquinho mais forte que no dia anterior. Assim vive 'Léqzia e assim é 'Léqzia.

Vou fazer um retrato de 'Léqzia Céssaryni e publica lo ei no blog PoesianoShanti- Diário Gráfico.

Anjos

"No outro dia... Vi um anjinho a passar por ali."

Entoa a voz da criança. Inocente. Frágil. Pequena, como uma gota de água vinda do céu.
Concentro-me na sua voz. E essa, ressoa no meu coração. Lembro-me de quando era criança. Sonhava com fadas, elfos, sereias e duendes. Anjos... Será que os vias? Será que alguma vez os vi? Na minha cabeça, todos os dias, milhares de personagens mágicas se formam.


"Tens de te concentrar Tiago. Os anjinhos só aparecem quando estás concentrado. Foi por isso que eles apareceram da outra vez. Tens de ser forte, Tiago. Só assim é que os irás ver. Pois eles querem contemplar a tua força interior."

Quantas vezes já me disseram isto... Quando eu, na minha mente infantil e nos meus olhos de criança, os vi-a também. Lembro-me de dizer que os via. Mas não me lembro de os ter visto alguma vez. Talves, nos interfolhos da minha mente, essas imagens ainda estejam lá . Será que a mente humana esqueçe tão rápidamente? Porque será que nós esqueçe-mos aqueles momentos mágicos de quando eramos apenas crianças? Porque não nos lembra-mos de quando eramos pequenos seres. De pele suave e clara. De olhos bem fechadinhos. De dedo na boca... Porque não nos lembra-mos dos nossos pais nos agarrarem nos braços e amarem-nos? Como se todos os dias fossem os primeiros... Não me lembro dos braços da minha mãe aqueçerem-me. Não me lembro das suas palavras de carinho. Não me lembro de dormir alguma vez sequer na sua cama, abraçada a ela, a sentir o seu calor e o seu amor em mim, no meu corpo pequenino e frágil. Não me lembro dos seus olhos postos em mim. Olhos sinceros de quem ama, de quem está feliz. Não me lembro de ela dizer "amo-te, filha".
Não me lembro de tanta coisa... Não me lembro... Não recordo. Pareçe que estou sozinha. Pareço a única com bom senso neste circo.
Não me lembro de ser filha.
Mas lembro-me de todas as más palavras vindas das suas bocas. Lembro-me de chorar no meu quarto, escuro. Sem luz. Só eu e... Eu. Eu e as minhas lágrimas. Apenas nós as duas. Ajudavamo-nos uma à outra. Ela, porque precisava de ver um outro mundo e porque já estava com muitas irmãs, quase sem espaço para se mexer. Ela queria a liberdade. E eu porque ela ajudava-me em tudo. Chorava e ficava bem. De cabeça erguida. E esperava que elas se voltassem a acumolar, para assim as derramar novamente. Lembro-me também do seu olhar reprovador sobre mim. Oh. Esse olhar... Lembro-me e relembro-o todos os dias. Ela não o deixa esqueçer. Olhos de quem já não consegue amar ninguém. Nem a si mesma...

'Léqzia Céssaryni

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Chaga

Foi como entrar
Foi como arder
Para ti, nem foi viver.
Foi mudar o mundo
sem penssar em mim.
Mas o tempo até passou
e és o que ele me ensinou
uma chaga para lembrar
que ah um fim.

Diz sem querer poupar o meu corpo
eu já não sei quem te abraçou
diz que eu não senti
teu corpo sobre o meu
quando eu cair,
eu espero ao menos
que olhes para trás
diz que não te afastas
de algo que é também teu
não vai haver um novo amor
tão capaz e tão maior
para mim será melhor assim
ve como eu quero
eu vou tentar
sem matar o nosso amor
não achar que o mundo é feito para nós.

Ornatos Violeta

Quero.


Não sei bem o que te dizer... Sei que sinto a tua falta. Sei que quero estar contigo, mas sei - tão bem...- o quanto isso é impossivel... Quero sentir os teus lábios nos meus, o teu corpo no meu. Quero sentir-te comigo e só comigo, mais ninguém. Quero entrar numa dança louca contigo, quero entrar no jogo intensso da sedução e do desejo contigo. Quero ser tua e quero que sejas meu. Não quero silêncios, quero palavras. Palavras como as que já tivemos e trocamos. Olhares trocados através da mente. Sonhos trocados e cantados de mim para ti e de ti para mim. Os nossos sonhos são os mesmos. Sei que me desejas tanto como eu te desejo. Como te desejo desde o primeiro dia que te conheçi... Quero mergulhar em ti. Quero sentir no meu ouvido as tuas doces palavras. Quero sentir-te e desejar-te livremente. Quero sonhar bem alto! Sem medo dos meus sonhos... Quando estás em mim, nos meus sonhos à noite, tudo parece tão real. Sinto-me tão bem contigo. Consigo sentir-te. Mas depois, tu desapareces sempre... E acordo a pensar em ti, e adormeço a pensar em ti. Como as ondas do mar, que vão e vêm, vão e vêm. Quero acordar um dia e dizer que és meu. Quero acordar um dia e não ficar desiludida, por teres sido mais um sonho.

Quero tanto, mas nada consigo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Espelho

Ele reflecte tudo o que lhe metem à frente.
Ele reflecte o meu corpo,
ele reflecte os meus olhos
reflecte os meus lábios e
reflecte como estou.

Será que ele reflecte a minha alma?
Alma lunar, que brilha sem cessar,
reflecte o meu interior, mas só eu o sei interpretar.
Vou para a rua e ninguém imagina,
como estou nesse dia.

Como me custa levantar da cama todas as manhãs,
sabendo que não estou bem, e que já é outro dia.
Um dia que é mais um novo desconheçido na minha vida.
Um dia que eu sei que tenho de viver.

Um espelho de outra vida
Uma vida que não é a minha.

Amor platónico

Uma frase pequena, inocente pode tornar-se em magia.
Uma frase pequena, inocente pode tornar-se em perda.
Perda do teu amor,
perda do teu amor platónico.
Amor platónico, já sentiu?
Já sentiu a dor deste amor?
Em todos os nossos amores e desamores, não será este o mais doloroso?
O mais fácil de admitir ou o mais fácil de renegar?
RENEGA! RENEGA! Atira isso lá para longe! Este amor que de ti não faz sentido, este amor que em ti existe!
Olhos de inocência, olhos de violência.
Olhos que pedem, mas olhos que não dão.
Riso perfeito, sorriso sem definição.
Mente que não mente, mas mente sem razão.
Mente confusão.
Mente demente em ilusão!
Sentimentos fortes, palavras fortes.
Queres chorar, mas já nem isso consegues.
Desiludes a mentira, destróis a verdade.
Enches a minha cabeça de mentiras e ilusões,
saudades e traições.
Quero-te falar e quero-te tocar.
Quero sentir-te, mas sei ser impossível.
Quero ver-te e abraçar-te.
Mas sei que tudo é mentira,
que tudo é quimera!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Desamor contigo

Um simples olhar é magia.
Um simples olhar vibra
dentro do meu peito
tu respiras e és meu,
já fazes parte de mim.
Tornaste-te morte e vida...
Em todos os sins ah sempre um não,
e isso é a minha morte:
A minha vida está em ti
se me dás mais um não,
ficarei sem coração.
Dor e destruição,
lágrimas e desamores.
Se tu já és um não
o que sou eu, então?


* Texto inspirado em Camões, quando ele escreve sobre as suas amadas. Nunca saberemos se todos os belos poemas de Camões a falar da sua amada são reais ou não.

Mãe

Mãe-Natureza, que és tão bela e poderosa, que controlas o mundo e ajudas o pai Universo, o que te fizemos? Tu que nos ajudas tanto, que nos amas e nos crias... Nós que nascemos do teu ventre, crescemos e matamos os nossos irmãos mais velhos, algumas vezes, até os mais novos também... Os nossos irmãos, que são os mais puros, mais sábios, mais naturais, porque nascem em ti, nós destruimo-los... Como? Não consigo entender... Portanto peço que me perdoes, porque faço parte dos teus filhos assassinos... O quanto eu amava ser tua filha, nascida de ti e em ti.